segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Entrevista com Catingrevê sobre a greve


O IFF fez dois meses de greve hoje e O IFFernal conseguiu uma entrevista exclusiva com o Catingrevê líder da seção regional do SINAGREVE sindicato responsável pela greve em nosso campus.

Annonymous: Esta semana fez dois meses desde que a greve chegou ao nosso campus, quanto ela ainda deve durar?

Catingrevê: Só isso? dois meses, isto não é greve, é feriado, greve de verdade dura um ano a greve não deve terminar tão cedo, agora que nossos professores fecharam um pacote turístico para as praias do nordeste para o fim do mês, muitos já pagaram a academia para este mês, agora que a greve demora mesmo!

Annonymous: E quanto a campanha pelos 10%?

Catingrevê: 10%?

Annonymous: Os 10% do PIB para a educação que vocês dizem estar brigando mas que é só para conseguir apoio dos alunos...

Catingrevê: Ah, esses 10% pensei que você estava perguntando se eu dava o dízimo para a igreja... ...então, estavamos tão empolgados discutindo o aumento em nossos salários que isso nem entrou na pauta na reunião com o MEC... mas prometemos continuar em greve pelos 10% do PIB para a educação, e por uma limusine que levará os alunos em casa e pelos Tablets que o JeIFFerson prometeu...

Annonymous: O que a greve conseguiu até agora?

Catingrevê: Já conseguimos fazer com que os alunos de algumas Faculdades Federais perdessem o semestre, pretendemos fazer isso aqui também, afinal de contas que aluno quer estudar não é mesmo?

Annonymous: Afinal de contas quais são as principais reivindicações desta vez?

Catingrevê: Olha, todos temos visto como andam as condições da educação Federal em nosso campus, nossas salas estão sucateadas com ar-condicionados, quadros brancos, Tv's Lcd de trocentas polegadas, nenhum professor consegue dar aula em uma sala nessas condições, ainda têm o baixo salário, soubemos de professores que chegam ao absurdo de ganhar só 5 mil por mês, tem cesta básica que custa mais do que isso, somos humilhados todos os dias tendo que morar em apartamentos nos bairros mais caros da cidade, não tem condição, nenhum trabalhador conseguiria trabalhar nestas condições, olha para o estacionamento do campus, carros do ano ou carros do ano passado, em outros países como o Canadá os professores chegam no campus de helicóptero, são recepcionados com tapete vermelho e na sala de aula eles se sentam em tronos feitos de ouro, isso é uma vergonha para o Brasil.